Fraternidade EMC – Pesquisa E Divulga:
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Caros leitores,
Apresentamos nessa postagem especial a primeira parte, de três, em relação aos conceitos e importância da investigação científica, em relevância ao engrandecimento de pesquisas agregando valores à Ciência, e auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico e da inteligência, bem como na extensão do pensamento e criatividade, de técnicas aplicadas estimulando nossas reflexões e concentrações.
Apresentamos nessa postagem especial a primeira parte, de três, em relação aos conceitos e importância da investigação científica, em relevância ao engrandecimento de pesquisas agregando valores à Ciência, e auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico e da inteligência, bem como na extensão do pensamento e criatividade, de técnicas aplicadas estimulando nossas reflexões e concentrações.
"A filosofia não é uma das ciências da natureza", não se
situa no mesmo plano; está "acima ou abaixo", escreve Wittgenstein (28),
para quem a filosofia não é um corpo de doutrinas, mas uma atividade. Se
admitirmos também, com o autor do Tractatus, que seu propósito, ou pelo menos
um de seus propósitos, é a clarificação lógica dos pensamentos, e o seu
resultado a evidência das proposições (29),
a filosofia diz respeito à atividade científica à medida em que esta última é
uma forma de pensamento. Precisamente, a clarificação das proposições faz parte
em grau elevado do método de Einstein, de seu estilo científico próprio.
Nesse sentido, não vemos por que conceitos científicos como
espaço, tempo e causalidade seriam mais pertinentes à filosofia que outros
aspectos da física e de sua construção. Além disso, privilegiá-los nessa ordem
não significaria conceder-lhes o status de objetos, quando seria preciso
considerar, ao contrário, com Gilles G. Granger, ser a filosofia uma
"disciplina sem objeto" (30),
que não se preocupa tanto com a descrição, mas em destacar ou "interpretar
as significações", substituindo os fenômenos, seus conceitos e esquemas
representativos, "na perspectiva de uma totalidade", por oposição à
ciência no sentido estrito, que "constrói estruturas de objetos" e,
para fazê-lo, fragmenta (31)
e simplifica?
Podemos nos perguntar, entretanto, se a distinção é tão nítida em
todos os casos e se a constituição de objetos de ciência não está, quase
sempre, acompanhada de uma elucidação que tem por objeto, precisamente, as
significações. Não é somente em uma fase ultrapassada da história do pensamento
que filosofia e ciência se confundem até determinado ponto, em um terreno comum
(32).
O fato de uma implicar a outra tem a ver tanto com o momento de surgimento de
uma concepção teórica nova (a descoberta ), como com o de reorganização do
esquema teórico, no qual nos esforçamos para exprimir a significação das
proposições.
É aqui que a relação entre ciência, como descrição, e filosofia,
como expressão e ordenamento das significações, aparece em toda a sua
complexidade, já que a ciência (por exemplo, uma dada teoria) traz em si mesma
a necessidade de sua própria interpretação. Todos os debates sobre a física
contemporânea versam sobre a natureza desta interpretação e da instância à qual
as significações das proposições devem estar relacionadas. A contribuição do
próprio Einstein nesses debates destaca-se por sua preocupação em distinguir o
mais nitidamente possível o que, na interpretação, provém estritamente da
física (quer dizer, da ciência como descrição e interpretação) e o que depende
de uma posição filosófica (mais geral e totalizante). É, em particular, o caso
de suas considerações sobre a mecânica quântica. Esclarecendo a significação
das proposições, no caso, as da teoria física – segundo a missão conferida por
Wittgenstein à atividade filosófica –, Einstein distingue ciência e filosofia
ao invés de mesclá-las indevidamente. Com esse procedimento, ele demonstra,
ainda melhor, a verdadeira natureza de sua implicação comum.
A física, como toda ciência particular, toma emprestado da
filosofia elementos de significação. Este é, principalmente, o caso das
categorias gerais como as de ordem, lei, causalidade e determinismo, mas também
as de teoria e princípio, sem as quais esta ciência não poderia definir seus
objetos e procedimentos, nem mesmo ser pensada (33).
Os conceitos que são aparentemente os mais ligados à experiência são entidades
abstratas que possuem uma função num conjunto, no qual recebem sua definição
operatória e adquirem sentido (físico, no caso dessa ciência). São, por isso,
devedores das categorias gerais mencionadas e a reflexão sobre eles, fosse esta
precisa e técnica, sobre sua ligação com a
experiência e sua significação teórica, possui uma parte ligada à atividade
filosófica ao mesmo tempo que ela faz parte do trabalho científico propriamente
dito.
Vejamos isto através de um exemplo. Quando em sua obra de 1917, A teoria da Relatividade restrita e
geral (34),
Einstein escreve que "o conceito existe para o físico somente quando temos
a possibilidade de encontrar no caso concreto, se o conceito se aplica ou
não", ele deixa intocada a questão da natureza e da origem do conceito, e
dá apenas uma indicação relativamente geral sobre sua significação para a
física: a aplicação no caso concreto, isto é mais amplo que a
consideração exclusiva da experiência (referência exclusiva do positivista) e
remete à situação física, objeto de estudo do físico. Mas,
apesar de sua imprecisão, a estipulação permite ver o que constitui o caráter físico de um conceito, submetido a
especificações precisas, ditadas pela natureza e propriedades do sistema físico
que consideramos.
Esta observação de Einstein – feita a propósito do espaço e do
tempo – forneceu a Ernst Cassirer a ocasião de aprofundar a questão da
significação dos conceitos. “
(Nota: Trecho do artigo parcialmente publicado em Novos Estudos - CEBRAP, 28, 1990, p. 127-36, em tradução de Fernanda Peixoto Massi.)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141993000300003
* Responsabilidade escrita, revisão, edição – Discípulo Elias
* Digitação, revisão – Patricia Kelly Hasselmann
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