Fraternidade EMC – Pesquisa E Divulga:
Conhecimento e aprendizado, sabedoria e crescimento.
Caros leitores,
Apresentamos nessa postagem especial a segunda parte, de três, em relação aos conceitos e importância da investigação científica, em relevância ao engrandecimento de pesquisas agregando valores à Ciência, e auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico e da inteligência, bem como na extensão do pensamento e criatividade, de técnicas aplicadas estimulando nossas reflexões e concentrações, na continuidade da publicação da semana passada, avançando no desenvolvimento psíquico e mental.
Apresentamos nessa postagem especial a segunda parte, de três, em relação aos conceitos e importância da investigação científica, em relevância ao engrandecimento de pesquisas agregando valores à Ciência, e auxiliando no desenvolvimento do raciocínio lógico e da inteligência, bem como na extensão do pensamento e criatividade, de técnicas aplicadas estimulando nossas reflexões e concentrações, na continuidade da publicação da semana passada, avançando no desenvolvimento psíquico e mental.
"Para Cassirer, "os papéis respectivos da física e da filosofia situam-se sobre as duas vertentes de uma mesma exigência de unidade do abstrato e do concreto, neste sentido que a teoria [entendamos: a física] vai da experiência à ideia, enquanto que a outra [a filosofia] vai da ideia à experiência". Mesmo quando o físico limita-se a considerar (por exemplo, para os conceitos evocados) a coincidência de acontecimentos no espaço e no tempo, ele mantém, segundo Cassirer, na definição destes acontecimentos, uma dimensão lógico-matemática que é de todo modo a condição de possibilidade de seu pensamento; os conceitos que comparecem (número, espaço-tempo, função) são conhecidos do físico apenas por sua combinação recíproca. Mas é papel do filósofo do conhecimento analisar os elementos desta combinação; ele não admite que a significação do conceito seja identificável à sua aplicação concreta, ao contrário, ele sublinha que a significação deve ser estabelecida para que uma aplicação possa ser feita (35).
"O pensamento do espaço e do tempo em suas significações como formas de colocação em relação de ordem", escreve Cassirer, "não é criado inicialmente pela medida; ele é somente mais estreitamente caracterizado por esta última, que lhe dá um conteúdo definido. Nós devemos ter apreendido o conceito de evento como alguma coisa de espaço-temporal, nós devemos ter compreendido a significação que nisto se expressa, antes de poder nos interrogar sobre a coincidência dos eventos e de procurar estabelecê-la por métodos particulares de medidas" (36). Insistindo a propósito da teoria da Relatividade, sobre o fato que a significação dos conceitos precede à experiência, e que esta significação reside em sua imbricação lógico-matemática, Cassirer quer sublinhar uma ligação estreita entre a física e a filosofia. Reivindica para a filosofia esta clarificação (restringindo o papel da física à relação que faz passar da experiência ao conceito, ele junta-se à concepção positivista), e vê então esta ligação como uma dependência da física com relação à filosofia, pois é a esta que cabe o papel de revelar a significação que precede a experiência. Mas, se abstrairmos uma divisão de trabalho tão acentuada quanto a vista por Cassirer, e se, por outro lado, nos interrogarmos o que foi mesmo a atividade de Einstein, nos apercebemos que o papel do físico comporta também, pelo menos em parte, esta tarefa que Cassirer atribui exclusivamente à filosofia. De fato Einstein estava longe de simplesmente remeter o conceito do físico à medida.
Ao final das contas, os papéis do físico e do filósofo não são tão demarcados e, desembaraçando-a de suas concessões ao positivismo suposto na atividade do pesquisador, podemos exprimir de outro modo a ideia levantada por Cassirer: a tarefa do físico é, inseparavelmente, enunciar a significação dos conceitos, estabelecendo sua identificação lógico-matemática, e ligá-los à experiência.
Poderíamos dizer que os conceitos em questão não são realmente de natureza filosófica e que sua significação é dada no próprio sistema teórico, isto é, pela física. Mas, de maneira geral, as ciências, mesmo consideradas em seu aspecto mais formal, puramente lógico-teórico, não podem ser concebidas como fechadas nelas mesmas (veja a importância, desse ponto de vista, do teorema da incompletude de Godel), e a significação de seus conceitos e de suas proposições ultrapassa a ordem lógico-teórica que Cassirer parece lhe atribuir: ela requer os metaconceitos da filosofia (37). De modo que, a afirmação por Cassirer de uma ligação entre ciência e filosofia é ainda válida, mesmo que deslocada devido à atribuição diferente do papel da definição teórica em relação ao trabalho do físico. Por outro lado, a questão da significação dos conceitos e das proposições de uma teoria é de natureza complexa: exige clarificação e distinção entre o que pertence, respectivamente, à física (mais geralmente, à ciência) e à filosofia. Ora, tal clarificação e distinção supõem uma atenção aos metaconceitos e evidenciam a sensibilidade filosófica do físico que os utiliza, isto é, destacam o lado filosófico desse trabalho teórico.
O enunciado das significações – inclusive seu ordenamento segundo uma perspectiva que as relaciona à unidade do conhecimento – faz parte da atividade do físico, que recebe daí uma dimensão diretamente filosófica. O que, é preciso frisar, não substitui o trabalho posterior do filósofo no sentido de desvendar os significados num desenho mais amplo. Mas a clivagem não é tão nítida e vemos que a física, por ter algo de fundamental, é também filosofia.”
"O pensamento do espaço e do tempo em suas significações como formas de colocação em relação de ordem", escreve Cassirer, "não é criado inicialmente pela medida; ele é somente mais estreitamente caracterizado por esta última, que lhe dá um conteúdo definido. Nós devemos ter apreendido o conceito de evento como alguma coisa de espaço-temporal, nós devemos ter compreendido a significação que nisto se expressa, antes de poder nos interrogar sobre a coincidência dos eventos e de procurar estabelecê-la por métodos particulares de medidas" (36). Insistindo a propósito da teoria da Relatividade, sobre o fato que a significação dos conceitos precede à experiência, e que esta significação reside em sua imbricação lógico-matemática, Cassirer quer sublinhar uma ligação estreita entre a física e a filosofia. Reivindica para a filosofia esta clarificação (restringindo o papel da física à relação que faz passar da experiência ao conceito, ele junta-se à concepção positivista), e vê então esta ligação como uma dependência da física com relação à filosofia, pois é a esta que cabe o papel de revelar a significação que precede a experiência. Mas, se abstrairmos uma divisão de trabalho tão acentuada quanto a vista por Cassirer, e se, por outro lado, nos interrogarmos o que foi mesmo a atividade de Einstein, nos apercebemos que o papel do físico comporta também, pelo menos em parte, esta tarefa que Cassirer atribui exclusivamente à filosofia. De fato Einstein estava longe de simplesmente remeter o conceito do físico à medida.
Ao final das contas, os papéis do físico e do filósofo não são tão demarcados e, desembaraçando-a de suas concessões ao positivismo suposto na atividade do pesquisador, podemos exprimir de outro modo a ideia levantada por Cassirer: a tarefa do físico é, inseparavelmente, enunciar a significação dos conceitos, estabelecendo sua identificação lógico-matemática, e ligá-los à experiência.
Poderíamos dizer que os conceitos em questão não são realmente de natureza filosófica e que sua significação é dada no próprio sistema teórico, isto é, pela física. Mas, de maneira geral, as ciências, mesmo consideradas em seu aspecto mais formal, puramente lógico-teórico, não podem ser concebidas como fechadas nelas mesmas (veja a importância, desse ponto de vista, do teorema da incompletude de Godel), e a significação de seus conceitos e de suas proposições ultrapassa a ordem lógico-teórica que Cassirer parece lhe atribuir: ela requer os metaconceitos da filosofia (37). De modo que, a afirmação por Cassirer de uma ligação entre ciência e filosofia é ainda válida, mesmo que deslocada devido à atribuição diferente do papel da definição teórica em relação ao trabalho do físico. Por outro lado, a questão da significação dos conceitos e das proposições de uma teoria é de natureza complexa: exige clarificação e distinção entre o que pertence, respectivamente, à física (mais geralmente, à ciência) e à filosofia. Ora, tal clarificação e distinção supõem uma atenção aos metaconceitos e evidenciam a sensibilidade filosófica do físico que os utiliza, isto é, destacam o lado filosófico desse trabalho teórico.
O enunciado das significações – inclusive seu ordenamento segundo uma perspectiva que as relaciona à unidade do conhecimento – faz parte da atividade do físico, que recebe daí uma dimensão diretamente filosófica. O que, é preciso frisar, não substitui o trabalho posterior do filósofo no sentido de desvendar os significados num desenho mais amplo. Mas a clivagem não é tão nítida e vemos que a física, por ter algo de fundamental, é também filosofia.”
(Nota: Trecho do artigo parcialmente publicado em Novos Estudos - CEBRAP, 28, 1990, p. 127-36, em tradução de Fernanda Peixoto Massi.)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141993000300003
* Responsabilidade escrita, revisão, edição – Discípulo Elias
* Digitação, revisão – Patricia Kelly Hasselmann
Fraternalmente,
Grupo Fraternidade EMC.
Trabalhando Por uma Humanidade Mais Feliz!
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